terça-feira, 24 de setembro de 2013

AFLIÇÕES O QUE FAZER COM ELAS?

De fato a vida é uma escola, e nesta escola através das dificuldades da vida podemos nos endurecer ou até mesmo nos transformarmos em pessoas cruéis,no entanto isto ainda é uma questão de opção pessoal pois até nas circunstâncias mais adversas o ser humano tem  o direito de decidir qual será sua postura diante do mundo.

As escrituras em João 16:33 diz que :Tenho vos dito isto para que em mim tenhais paz, no mundo Tereis Aflições, mas tende bom ânimo,eu venci o mundo.

A questão é como você esta lidando com as aflições que a vida lhe concede?
Em uma passagem pelo livro de Viktor Frankl ele relata que alguns prisioneiros se embruteciam e colaboravam em atos de tortura, agindo contra os proprios companheiros presos, no entanto outros consolavam os doentes acamados e dividiam com eles seu último pedaço de pão.

Devemos entender que mesmo que não esteja em nossas mãos mudar uma situação dolorosa, é sempre possível escolher a formar de lidar com o sofrimento.

Tende Bom ânimo...

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A SOLIDÃO DE SER MÃE

 Estava pensando sobre este sensação de como é "solitario"ser mãe e achei este texto de uma outra mãe, desabafando o que ela sente a respeito.. Achei legal compartilhar com vocês  ela foi tão objetiva nos sentimentos e explicações dela, fiquei com lagrimas nos olhos e o coração quentinho! Não sou de outro planeta... rs

"A ficha da solidão caiu quando em uma das duas noites das minhas 43h horas de TP do Gabriel, parteira e marido dormiam enquanto eu sofria com contrações, sem poder dormir, sem dever acordá-los uma vez que eles nada podiam fazer por fim.

Um frio de solidão no peito, daquele caminho que só podia ser percorrido por mim. Meu bebê dependia só de mim. 

Depois deste momento muitas outras vezes senti esta solidão.

Quando no pós-parto marido toma banho e sai serelepe para a rua fazer compras enquanto eu frágil e dolorida, me debatia em casa para compreender o bebê.

Todas as vezes em que o menino quis mamar e por mais exausta, só eu que poderia atender.

Todas as vezes em que ele estendeu o horário de trabalho para cumprir seus projetos, objetivos e eu tive que sair correndo no horário da escola, largando tudo para trás.

Todas as vezes que os meninos queriam alguma coisa que tinha que ser a mãe, que o pai eles não queriam.

Todas as vezes que aconteceu alguma coisa que o pai não conseguiu resolver, porque não teve o insight, ou porque não conhece o filho tão bem, ou porque não tem o colo tão macio.

A solidão de quem vê seus colegas de trabalho realizando coisas interessantes, te convidando, e você tendo um bebê para cuidar em casa, sem chance de ir em programas adultos.

A solidão de quem se sente a única que nunca largaria os filhotes, a única com quem eles sempre vão poder contar na vida e, por este motivo, a que deve sempre zelar por todas as necessidades deles em qualquer momento.

A solidão de quem não encontra quem a conforte em suas frustrações, frustração de não ter alcançado o nível de excelência na maternidade que eu mesma havia determinado para mim.

A solidão de quem às vezes tem dúvidas de que o desejo tão sentido e atendido por Deus tenha sido realmente uma boa idéia. Essa solidão tão ardida porque inconfessável.

Uma solidão megalomaníaca.

A idealização que cai por terra.

A fragilidade que se apresenta.

A humanidade que se instala.

O erro. O falho. O imperfeito. O indesejado. 

E quando você se rende a tudo isso, de repente, você se identifica com todas as mulheres que passaram pela Terra. Percebe que você não será tão diferente daquelas que você um dia julgou e mesmo quando você consegue não repetir alguns erros, perdôa quem os cometeu, porque entende que seu caso foi quase um lance de sorte.

Me sinto muito pequena. Muito comum. E ao mesmo tempo enorme por ser apenas um minúsculo elo desta gigantesca corrente milenar. Em poucos anos todo o meu heroísmo e solidão serão esquecidos, mas fiz a minha parte."

#Sermãe.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

DISPENSADORES DA GRAÇA

 Um aspecto para mim tocante da revolução de Jesus diz respeito a como devemos ver as pessoas que são "diferentes" . O exemplo de Jesus me convence hoje, porque sinto uma sutil mudança na direção Inversa. Á medida que a sociedade evolui e a imoralidade aumenta, ouço apelos de alguns cristãos para que mostremos menos compaixão e mais moralidade, apelos que fazem lembrar o estilo do Antigo Testamento.
Uma Frase usada tanto por Pedro quanto por Paulo tornou-se uma de minhas imagens favoritas do Novo Testamento.Nós devemos administrar, ou "Dispensar" a graça de Deus, dizem os dois apóstolos. A imagem traz á mente aqueles antigos "Borrifadores" usados pelas mulheres antes do aperfeiçoamento da tecnologia do Sray. Aperta-se um balão de borracha, e gotas de perfume são suficientes para um corpo inteiro, algumas borrifadas mudam a atmosfera de uma sala. É assim que a graça deveria funcionar, penso eu. Ela não converte o mundo inteiro ou uma sociedade infestada que os cerca.
Sinto ainda profunda preocupação com a nossa sociedade. Mas também me choca o poder alternativo de misericórdia demostrado por Jesus, que veio para os enfermos, e não para os sadios, para os pecadores e não para os justos.Jesus nunca aprovou o mal, mas de fato assumiu a postura de perdoá-lo. De algum modo ele conseguiu a reputação de amigo dos pecadores, reputação que seus seguidores correm hoje o risco de perder. Como diz Dorothy Day: "Na realidade amo a Deus na mesma medida em que amo a pessoa que menos amo".

 Philip Yance