terça-feira, 3 de setembro de 2013

DISPENSADORES DA GRAÇA

 Um aspecto para mim tocante da revolução de Jesus diz respeito a como devemos ver as pessoas que são "diferentes" . O exemplo de Jesus me convence hoje, porque sinto uma sutil mudança na direção Inversa. Á medida que a sociedade evolui e a imoralidade aumenta, ouço apelos de alguns cristãos para que mostremos menos compaixão e mais moralidade, apelos que fazem lembrar o estilo do Antigo Testamento.
Uma Frase usada tanto por Pedro quanto por Paulo tornou-se uma de minhas imagens favoritas do Novo Testamento.Nós devemos administrar, ou "Dispensar" a graça de Deus, dizem os dois apóstolos. A imagem traz á mente aqueles antigos "Borrifadores" usados pelas mulheres antes do aperfeiçoamento da tecnologia do Sray. Aperta-se um balão de borracha, e gotas de perfume são suficientes para um corpo inteiro, algumas borrifadas mudam a atmosfera de uma sala. É assim que a graça deveria funcionar, penso eu. Ela não converte o mundo inteiro ou uma sociedade infestada que os cerca.
Sinto ainda profunda preocupação com a nossa sociedade. Mas também me choca o poder alternativo de misericórdia demostrado por Jesus, que veio para os enfermos, e não para os sadios, para os pecadores e não para os justos.Jesus nunca aprovou o mal, mas de fato assumiu a postura de perdoá-lo. De algum modo ele conseguiu a reputação de amigo dos pecadores, reputação que seus seguidores correm hoje o risco de perder. Como diz Dorothy Day: "Na realidade amo a Deus na mesma medida em que amo a pessoa que menos amo".

 Philip Yance

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